“O sentimento é de muita gratidão”, diz bióloga que atua no Bioparque e tem até tanque favorito 245d12
Carla Kovalski cuida dos peixes há anos e está empolgada com a abertura do Bioparque 23h4f
“A ficha ainda está caindo”, afirma Carla Kovalski, 27 anos. A bióloga que atua no Bioparque Pantanal não esconde o brilho no olhar ao ver os peixes no tanque Planície de Inundação, o seu preferido no complexo.

“A sensação de gratidão é muito grande. Eu trabalho no Imasul [Instituto de Meio Ambiente de MS] há sete anos, então são muitos anos de espera. Eu entrei lá sonhando em trabalhar aqui, em ver os peixes aqui, estamos sem acreditar. A ficha ainda está caindo aos poucos e o sentimento é de muita gratidão”, conta.
São 33 tanques, entre o circuito interno e externo, mas para Carla o favorito é o Planície de Inundação. Nele é possível ver várias espécies nativas interagindo e vivendo em harmonia.
“Tem bagres, lambaris, tem carás. Esse tanque traz vários grupos de peixes e é bem diverso”, explica.
Oportunidade ecológica 3r5i6h
Também atuando no Bioparque, o biólogo Ricardo Reich, 35 anos, não escondia a animação ao ver o local recebendo os peixes.
“Eu participei do início do projeto em 2014, eu vi isso aqui naquela época sendo finalizado, obra civil, e nós começando a conhecer os peixes do Pantanal no sistema de aquário. É muito gratificante ver ele pronto, com os peixes que a gente manteve durante todo esse período nos tanques”, diz. Isso porque antes de ir para o Bioparque, os peixes ficaram anos em tanques, recebendo todo o cuidado necessário e até procriando.
Para ele, ver o Bioparque pronto é uma grande oportunidade de divulgar o Pantanal e envolver a comunidade na proteção do ecossistema.
“Vamos ter pela frente uma grande oportunidade de divulgar o Pantanal, porque estamos em um momento que biologicamente ele está vulnerável, a divulgação é necessária para a conscientização. Quanto mais pessoas souberem como é importante ter esse desenvolvimento sustentável, ter políticas de conservação implementadas, melhor. Isso tudo a pela divulgação do Pantanal e o Bioparque justamente chama muito a atenção para esse lado. Fico honrado de ter participado desse projeto, que tem um grande potencial de educação ambiental”, frisa.
Segundo Ricardo, apesar de grande parte de Mato Grosso do Sul ser coberto pelo Pantanal, nem todo mundo tem a chance de ver o bioma de perto. “Temos alguns municípios dentro do Pantanal, mas se a gente considerar o estado todo, as principais paisagens não estão muito próximas da cidade. Nem todo mundo terá a oportunidade de conhecer pessoalmente o Pantanal”, frisa.

De acordo com o biólogo, o bioparque ainda traz espécies que vão além do apelo comercial. “Temos composições mistas de peixes, que vão além do quesito comercial, que são as mais conhecidas, como os Dourados e Pacu, que normalmente são alvos de pesca esportiva e tradicionais. O túnel, por exemplo, é uma oportunidade gigantesca de estar em um ambiente totalmente diferente”, frisa.