Corpo de bebê é exumado após denúncia de negligência médica em Cáceres n554e

O corpo de um bebê foi exumado nesta quinta-feira (19) após os pais, naturais de Guiné-Bissau, denunciarem negligência médica durante o parto, ocorrido dentro de um banheiro do Hospital São Luiz, em Cáceres. O menino nasceu de parto normal, pesando 5,690 kg, no dia 10 de agosto e chegou a ser internado na UTI, mas […] 4r2932

O corpo de um bebê foi exumado nesta quinta-feira (19) após os pais, naturais de Guiné-Bissau, denunciarem negligência médica durante o parto, ocorrido dentro de um banheiro do Hospital São Luiz, em Cáceres. O menino nasceu de parto normal, pesando 5,690 kg, no dia 10 de agosto e chegou a ser internado na UTI, mas morreu cinco dias depois.

A Polícia Civil investiga o caso, por meio de inquérito aberto na DEDM (Delegacia Especializada de Defesa da Mulher). Além da suspeita de negligência médica, é investigada ainda a possibilidade de violência obstétrica.

As causas da morte foram identificadas como asfixia neonatal, hemorragia pulmonar e hipertensão pulmonar, segundo a certidão de óbito do hospital. A informação é da Polícia Civil.

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Victor Malu e Isabel Raúl Có são pais de bebê cujo corpo foi exumado. Foto: Arquivo pessoal

Bastante abalados, os pais do menino, o microempresário Victor Malu, 52, e a vendedora autônoma Isabel Raúl Có, 32, foram até uma delegacia na quarta-feira (18).

Segundo o casal, foram feitas sete ultrassonografias na gravidez, pelo mesmo médico responsável pelo parto. E que, quando a mulher sentiu as primeiras contrações, o casal foi orientado por ele a ir para o hospital.

Na unidade hospitalar, o médico teria insistido na realização do parto normal, mas a mulher não conseguia. Segundo o pai, após furar a bolsa, o médico teria ido para um computador, enquanto uma enfermeira levou a mãe para o banheiro, na tentativa de que, com água quente, ela conseguisse dar à luz.

Victor contou que, depois de mais de uma hora, ele viu quando a cabeça do bebê saiu e, só então, o médico deixou o computador e foi até o banheiro para realizar o parto.

O pai do bebê relatou ainda que o médico puxou o bebê pelo pescoço, que o menino nasceu “quase morto”, e que teve o braço esquerdo quebrado.

A exumação foi feita por peritos criminais a pedido da Polícia Civil, que acompanhou os trabalhos. O corpo do bebê foi retirado por volta das 8h30 para o exame de necropsia e foi devolvido duas horas e meia depois.

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Policiais civis acompanharam retirada do corpo de bebê para exumação, em Cáceres. Foto: Polícia Civil.

O objetivo da polícia com a exumação é verificar se houve fraturas e identificar a real causa da morte do bebê. O laudo da necropsia deve ficar pronto em até 10 dias, informou a Politec (Perícia Oficial e Identificação Técnica).

Conforme a Polícia Civil, se for comprovada negligência, o médico poderá responder por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) ou homicídio doloso. Ele ainda não prestou depoimento.

Por nota, o Hospital São Luiz disse que ainda não foi notificado sobre o caso e que, segundo os registros da unidade, o médico é profissional contratado pela própria paciente, que teve o à unidade para prestar serviços particulares. Informou ainda que lamenta a perda da família e segue à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários.

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