5 dicas para afastar crianças birrentas de aviões 3g1z4r
Nem tudo é o que parece, principalmente nessa tal de internet! 2m725j
Polêmica envolvendo uma ageira de avião, que não cedeu seu assento para uma criança birrenta, tomou conta das redes sociais esta semana. A mulher, dada como heroína pela postura firme e calma diante do quiproquó aéreo, virou fenômeno e ganhou, em dois dias, 1,5 milhão de seguidores no Instagram.

Inicialmente, mãe e criança foram muito atacados, principalmente por circular a informação inverídica (e não desmentida) de que a autora do vídeo era a mãe. Não. Não era. Quem gravou o rosto da ageira enquanto proferia ofensas foi alguém aleatório naquele rolê. E a mãe do menino, de recém-concluídos 4 anos, precisou ir às redes mais de uma vez para explicar a situação, pois a família está sendo atacada.
Dito isto, você já deve ter percebido que o título dessa edição extra da coluna não condiz com o conteúdo escrito, certo? Pois bem, foi um exemplo de como quando o assunto é “criança birrenta” o ibope vai às alturas. Explico o porquê: a sociedade é alheia à criança birrenta, logo, o tema causa identificação e abre precedente para que as falas mais absurdas sejam ditas com a naturalidade de um “bom dia”.
Ocorre, meus caros, que não existe criança que não faça “birra”, principalmente na primeira infância. E, se você é responsável por uma e sustenta que a sua não se comporta desse jeito, te desmascaro aqui: mais uma inverdade! Hora ou outra, a criança vai dar show. E assim foi com o menino do avião. A informação falsa (e, repito, não desmentida de forma objetiva) de que o vídeo foi feito e narrado pela mãe abriu espaço para a exposição de como a sociedade se comporta na totalidade em relação às crianças.
Não é só em avião. Os pequenos, e consequentemente suas mães, são excluídos em muitos sentidos. Restaurantes, festas, locais públicos, “aqui não é lugar de criança”. Mais uma vez reforço que a mesma sociedade que pressiona a mulher a ser mãe é a que isola crianças. A conta não fecha.
E, claro, a ageira não tinha a menor obrigação em trocar de poltrona e levou à situação uma calma invejável. O que este texto quer expor é que mães e filhos pequenos são alvo, sempre. O discurso inflama. Os dedos apontam até por quem nunca chegou perto da realidade materna.
Por que não ficam em casa">Quero deixar minha opinião!